domingo, 13 de junho de 2010

Pedagogia de valores para as empresas

As transformações ocorridas no Brasil e no mundo nos últimos 25 anos, decorrentes de um conjunto de eventos políticos, técnicos, sociais e econômicos, estão associadas ao processo de reestruturação produtiva e fez as instituições de ensino, cientistas, pesquisadores e empresas voltarem sua atenção para a necessidade de desenvolvimento das pessoas no contexto empresarial.

Como Educadora, venho notando que o comportamento humano está se transformando. Podemos perceber em nossas casas, esolas e empresas, um novo padrão comportamental que surge neste início de milênio.



Estão se formando pessoas que têm uma capacidade e habilidade cognitiva muito alta, não me refiro a Q.I., mas sim de capacidade cognitiva própria do hemisfério direito do cérebro Q.E.. E, com isto a criatividade, a sensibilidade, o entendimento emocional, e principalmente a verdade.

Este novo padrão comportamental exige uma mudança de paradigmas educacionais, instituicionais as quais formam um novo quadro existencial.






A proposta pedagogica oferecida integra pessoas, ações, conhecimento, valores, cultura na transversalidade de objetivos, conteúdos, estratégias de ensino, avaliações nos aspectos pedagógico, administrativo, relacional, social e filosófico. estimulando a quebra de paradigma metodológico com foco no processo de aquisição do conhecimento através de estratégias metodológicas socioafetivo-cognitivas. A prática subsidia a otimização da qualidade de vida através da ação pedagógica, da ação administrativa e do relacionamento interpessoal, impulsionando a transformação social.



E hoje fala-se muito na interferência no comportamento dos seres humanos. Partindo do princípio de que durante nossa vida evolutiva, sofremos mudanças de diversos aspectos, tais como o ser humano passar a ser bípede e outros processos evoluitivos. Estamos passando por um processo de modificação e adaptação celular para a época vigente e que estas trasnsformações em níveis celular, estariam modificando nosso pensamentos e sentimentos e, consequetemente nosso comportamento.

As formas como as pessoas se comunicam e se relacionam passam a ser fator de peso no encaminhamento da sua formação profissional. A formação profissional não cessa com a conclusão de um curso, qualquer que seja, ela precisa continuar e acomodar-se no espírito do profissional sob pena de dissipar-se e desaparecer com o tempo.



A educação assume grande relevância perante essa reestruturação do mundo do trabalho. No universo produtivo, portanto, faz-se necessário que o profissional da educação, dotado de bases teóricas e metodológicas sólidas, assuma um espaço de forma efetiva no interior das organizações.



Neste sentido torna-se imprescindível que no interior das empresas, órgãos públicos, instituições educativas e escolares de todos os níveis, Infantil, Fundamental, Médio, Superior, Jovens e Adultos e Profissionalizantes, a presença de profissionais com conhecimentos especializados em educação, qualificados na gestão, organização, planejamento, avaliação, seleção, recrutamento e treinamento de funcionários.

O que será que está acontecendo em algumas escolas, famílias e empresas que estão se beneficiando deste novo comportamento?



Como educadora tenho exemplos de crianças e jovens em sala de aula as quais mesmo sendo “agitadas”, “truculentas”, “corajosas” e até mesmo “mal educadas”(como ás vezes a rotulam), estão bem encaminhadas, pois os responsaveis pela formação e até mesmo empresários, não quiseram que o diferencial que elas ofereciam, fosse transformados em comportamento igualitário enquadro nas normas de conduta comportamental. Simplesmente foram respeitados para que respeitassem os envolvidos e com isto tiveram muito a ganhar.



Acredito, piamente, que este tipo de atitude deve ser aplicada com qualquer ser humano, pois comportamentos “bombas” só acontecem quando não  valorizamos ou não usamos os valores ensinados a milênios. Enfim, se não nos educarmos, não conseguiremos educar um ser em formação em equilíbrio.



Para concluir, quando me refiro a”nós” falo pais, professores, empresários, autoridades educacionais, políticas e religiosas.




A educação é uma prática social humana. Ou seja, característica dos seres humanos, e realizada por todo e qualquer cidadão, em todas as instituições sociais. A educação tem por finalidade possibilitar o crescimento das pessoas como seres humanos; é processo de humanização. Tornar-se humano significa tornar-se partícipe do processo civilizatório, dos bens que historicamente foram produzidos pelos homens em sociedade e dos problemas gerados por esse mesmo processo.

Nesse sentido, a educação tem uma dimensão de continuidade que se traduz na transmissão dos conhecimentos, da cultura e dos valores, e, ao mesmo tempo, de ruptura, ou seja, de produzir-se novos conhecimentos, novas culturas, novos valores, a partir não apenas do avanço do conhecimento, mas da análise crítica dos resultados desse processo civilizatório, produto de grupos de interesses dominantes nas sociedades. Nesse sentido, a educação é, ao mesmo tempo, permanência e transformação, em busca de condições para o desenvolvimento humano de todas os sujeitos que nascem, garantido-lhes o usufruto dos bens da civilização e dotando-os de uma perspectiva analítica e crítica a fim de que se coloquem como construtores de novos modos de se processar a civilização.

Uma civilização que garanta as condições humanas de vida a todos, que assegure os direitos humanos para todos, de sobrevivência, de alimentação, de trabalho, de participação social, de elaboração da lei, de construção da democracia etc. A educação é inerente ao processo de humanização que ocorre na sociedade em geral. Por isso, afirmamos que a educação é uma prática social, histórica e situada em determinados contextos. Nesse sentido, é que podemos afirmar que a educação é uma práxis social. Estudá-la, analisá-la, compreendê-la, interpretá-la em sua complexidade, e propor outros modos e processos de ser realizada com vistas à construção de sociedade justa e igualitária, supõe a contribuição de vários campos disciplinares, dentre os quais o da pedagogia.


Os valores humanos estão em todos. O que necessitamos são pessoas que possam dar estimulo e coragem para que eles sejam colocados para fora. Os valores humanos não são coisas a serem plantadas de fora. São inerentes a cada indivíduo. Eles têm de ser manifestados de dentro. A educação serve para promover sabedoria.

A verdadeira educação significa que os valores humanos sejam praticados no dia-a-dia. Que são esses valores humanos?



Educar alguém para desenvolver a qualidade do amor é o mais importante. O nosso sistema educacional tem que vir dar lugar ao desenvolvimento dos valores morais e às qualidades do amor através do estímulos das capacidades e competências de cada crianças e jovem, respeitando suas limitações. Os valores humanos não podem ser praticados através de estudo de livros e por escutar palestras. Eles devem ser cultivados através do esforço individual.



Combinações diferentes de partículas atômicas produzem diferentes tipos de objetos, como cobre, ouro ou oxigênio, os quais têm variadas utilidades e valores. Nesse mundo,cada objeto tem um valor. O valor do sal está em ser salgado. O valor do açucar reside em doçura. O valor do fogo está em sua capacidade de queimar. Do mesmo modo, cada objeto tem seu próprio valor. Se assim é, o homem não tem valor?



O ideal da Pedagogia de Valores é edificar uma geração para que tenham uma consciência clara e limpa. O currículo vigente não é tão importante quanto a criação de uma atmosfera de ideais nobres que possam crescer e frutificar.



Vivemos numa época de conhecimento. Não confundir com aquisição de informações. Adiquirir informações é armazenar em nosso cérebro coisas que poderemos usar num momento oportuno. Entendo como conhecimento tudo aquiilo que temos dentro de nós desde o nascimento, e que culmina em processos de sabedoria interior. Ou seja, conhecer algo ou auto-conhecer é entender através de experiências, as nossas competência e limitações.



O ser humano possui capacidades e limitações intrínsecas, independentes do meio, mas correlacionadas com seu ser, suas crenças e suas inteligências tanto intelectuais quanto emocionais.

No mundo do trabalho, a necessidade de um conhecimento de caráter mais criativo e ativo é necessário, logo a interação entre os profissionais responsáveis pela produção demonstra ser essencial.

Essa interação conjuga a troca recíproca de conhecimento, de um lado, os técnicos, com o saber adquirido pelos anos de experiência na profissão e alguma formação institucional, de outro, os engenheiros e outros profissionais com formação de nível mais elevado, mas que muitas vezes se encontram desprovido de condições para socializar esse conhecimento com os demais. Assim, esses últimos acabam por centralizar em si a escolha dos procedimentos a serem utilizados na produção, perdendo a contribuição prática dos trabalhadores e emperrando a organização da empresa de acordo com as novas formas de organização do trabalho.



Entende-se por desequilibrio todo processo de bloqueio que venha a atrapalhar a funcionabilidade natural e fluente de um rocesso em ação. Quando não há interação entre as partes de um todo, existe um bloqueio e este boqueio chamado de desequilibrio dificulta uma ação produtiva e natural, consequentemente, a finalização de um palejamento empresarial pode ir por água abaixo por falta de um equilíbrio das partes envolvidas no processo.



Todos esses aspectos levam-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo campo de atuação, até agora pouco explorado. Para discutirmos a presença da Pedagogia de Valores nos processos produtivos, elegemos três aspectos constitutivos da especificidade do trabalho desse profissional que nos parece interessantes serem aproveitados nos locais de produção, sendo eles: a interação com o sujeito, a reflexão sobre a prática do trabalho e a elaboração de programas instrucionais que priorizem a totalidade do processo de trabalho O trabalho costumeiramente desenvolvido pelo profissional que aplica Pedagogia de Valores refere-se a oferecer instrumentos para que o sujeito aprenda a desvendar a realidade.



Para que o conhecimento aconteça por parte do sujeito, o educador tem um papel fundamental que é o de oferecer subsídios de cunho teórico-prático para que a partir da ação o sujeito interfira na realidade.



Nesse sentido, o educador não é um mero transmissor de conhecimento, mesmo porque o processo pelo qual consolida-se o conhecimento pressupõe a interação entre sujeito estruturante e objeto a ser estruturado, assim, faz-se imprescindível notar que a função essencial do educador está em oferecer além dos conteúdos, os instrumentos que possibilitem e estimulem a busca do conhecimento por parte do sujeito.



Nos processos produtivos o educador não pretende ensinar a fazer o trabalho, mesmo porque ele não possui competência técnica para esse tipo de conteúdo específico e, ainda, essa concepção contradiz com a formação do sujeito criativo e ativo.

O educador é o MEDIADOR, pois contribui para o desenvolvimento de uma forma mais autônoma e mais elaborada em relação aos desafios, através de uma ação mediada.

RESPONSABILIDADES DA PEDAGOGIA EMPRESARIAL




1. Conhecer e encontrar as soluções práticas para as questões que envolvem a otimização da produtividade das pessoas humanas – o objetivo de toda Empresa.



2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa onde trabalha.



3. Conduzir com atividades práticas, as pessoas que trabalham na Empresa – dirigentes e funcionários – na direção dos objetivos humanos, bem como os definidos pela Empresa.



4. Promover as condições e atividades práticas necessárias – treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc… – , ao desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade pessoal.



5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial.



6. Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações pedagógicas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade.



A primeira tarefa do Pedagogo Empresarial é fazer com que o empresário, perceba com nitidez, que o seu ideal de vida, suas aspirações e objetivos pessoais correspondem a uma questão ética e social na empresa.




1. O melhor chefe – o líder educador age sem saber e sem querer, apenas por causa das suas intenções e dos seus exemplos de conduta. Esta é a sua mais importante ação, a mais impressionante e a mais eficaz. Ser líder educador – ser o melhor chefe – é um dom, uma qualidade, um talento que pode ser cultivado e treinado.



2. O melhor chefe – o líder educador afirma-se acima de tudo pela sua maneira de ser. É por intermédio da sua conduta, que ele consegue a autoridade e conduz o comportamento das pessoas, antes de toda e qualquer análise.



3. O melhor chefe – o líder educador provoca o entusiasmo, estimula a imitação e o treino, através do seu modo de ser e do seu prestígio, que são os principais meios que emprega. Nunca emprega a discussão ou a pressão.



4. O melhor chefe – líder educador é naturalmente admirado, respeitado e imitado pelas suas idéias, pela sua energia, pela coerência das suas atitudes e palavras, pela lição constante dos seus gestos, do seu comportamento.



5. O melhor chefe – o líder educador, é um estimulador das qualidades das pessoas, um incentivador positivo, pois a vida em grupo é feita de recíprocos inventivos e sugestões.



6. O melhor chefe – o líder educador, influencia e convence as pessoas com facilidade, levando-as a viverem os conhecimentos que transmite atavés do seu modo de ser.



7. O melhor chefe – o líder educador, não dá .lições. ou .sermões., ele usa técnicas de relacionamento, com eficácia, por meio do seu comportamento.( É assim que eu faço).



8. O melhor chefe – o líder educador promove espontaneamente, contínuas oportunidades de preparação e de treino para uma vida mais produtiva e realizadora.



 PSICOLOGIA EDUCACIONAL



Nada se pode fazer, ou mesmo tentar, em Educação, sem a estreita colaboração da Psicologia Educacional. Cada dificuldade pedagógica que surge, é simultaneamente uma dificuldade psicológica. Para conduzir mentes humanas, é preciso conhecê-las, nas suas manifestações conscientes e inconscientes. A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa humana, na sua evolução natural, e só diante desse conhecimento é possível formular doutrinas pedagógicas consistentes e métodos educacionais eficazes.



A Psicologia Educacional leva naturalmente ao conhecimento das leis pedagógicas e os sistemas educativos só tem aplicação prática, quando os processos psíquicos das pessoas deixam de oferecer resistência ou defesa, facilitando ao pedagogo a necessária ação pedagógica.

site.suamente.com.br/.../pedagogia-de-valores-para-empresas
Artigo de:
Eliana Kruschewsky é Graduada em Letras Vernáculas com Inglês pela Universidade Estadual de Santa Cruz, experiência em sala de aula por 16 anos. Pesquisadora da Pedagodia de Valores. Palestrante e escritora com obras a publicar. Residente em Ribeirão Preto -SP. Terapeuta em Reiki e Radiestesia e Alfagenia. Fundadora do GRUPO HARMONIZAÇÃO ESTELAR, atende crianças e jovens e orienta pais, professores e empresários.

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